Friday, June 20, 2008

Sustentando a Visão


S.E. Chogye Trichen Rinpoche (1920-2007)

É dito nos ensinamentos que, durante o dia, você pode visualizar o Guru acima do topo da sua cabeça e, à noite, no seu coração.

Durante o dia, visualize seu Guru sentado em um lótus acima do topo da sua cabeça. À noite, quando for dormir, você pode visualizar que o Guru acima do topo da sua cabeça dissolve-se em você e permanece em uma esfera de luz dentro do seu coração. Esta é uma prática que podemos aplicar na hora de dormir, e então ir dormir com o Guru no coração.

Através desta prática, você receberá bênçãos e sua prática de sustentar a Visão melhorará. Confiando na linhagem das bênçãos, você será conduzido à prática de sustentar a Visão.

O ponto chave é dissolver o Guru no seu coração e então verdadeiramente fundir sua mente com a mente do Guru, permanecendo na Visão da natureza da mente que o Guru lhe introduziu. Durante o dia e a noite, a cada vez que o Guru se dissolver no seu coração, descansamos nisso e reconhecemos a natureza vazia desta experiência. Dentro desse estado de bênção, somos capazes de experienciar a vacuidade.

Devemos permitir que nós mesmos continuemos nesta experiência de vacuidade que veio através da bênção do Guru. Em algum ponto, a luminosidade clara (ö-sal), a consciência autoconhecedora (ran-gi rig-pa), surgirá dentro dessa experiência de vacuidade; temos apenas que reconhecê-la. Se você praticar isto o quanto for possível, a prática purificará muitas máculas e obscurecimentos e você definitivamente obterá muitas bênçãos por fazer isto.

O ponto chave é que, enquanto a mente descansa na vacuidade, as bênçãos do Guru são recebidas mais efetivamente. É a experiência da vacuidade que nos permite receber adequadamente as bênçãos do Guru e que elas permaneçam conosco. Recebendo bênçãos, nós reunimos a acumulação de mérito. Descansando na vacuidade, nós reunimos a acumulação de sabedoria.

Na prática de Guru Yoga, há o Guru que aparece à nossa frente, que visualizamos como um objeto. Este é o sinal ou aparência do seu mestre, que simboliza o Guru. Porém, o Guru último é a sabedoria na nossa própria consciência, a sabedoria primordial (ye-she) da consciência autoconhecedora (rang-gi rig-pa).

Fonte: http://sakyabrasil.org/ensinamentos/chogye2.htm

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